quinta-feira, 20 de março de 2008

Fatos de preconceito no futebol


*Os times não aceitavam jogadores negros no início da história do futebol no Brasil. Os atletas driblavam a proibição alisando o cabelo e cobrindo o rosto com pó-de-arroz para se passarem por brancos. Um dos exemplos mais famosos desta prática é o jogador do Fluminense Carlos Alberto.

Durante uma partida de seu clube contra o América, pelo Campeonato Carioca de 1914, a maquiagem que usava começou a escorrer, revelando sua verdadeira cor. A torcida adversária não perdoou e lhe atribuiu o apelido de Pó-de-Arroz.


*No final da década de 1910, foi organizada no Rio Grande do Sul a Liga da Canela Preta. O órgão promovia disputas entre times formados apenas por negros. Como resposta, a liga “branca” criou em 1922 uma segunda divisão, em que permitia a participação de jogadores mulatos em campeonatos.


*O primeiro grande time a admitir atletas de cor em seu elenco foi o Bangu Atlético Clube. Em 1905, 1 anos após sua fundação, ele contratou o jogador Francisco Carregal. O Grêmio, por exemplo, demoraria 47 anos para comprar o passe do jogador Tesourinha, primeiro atleta negro do clube. Já o primeiro time a vencer uma competição com uma maioria de negros e mestiços foi o Vasco da Gama. Trata-se da conquista do Campeonato Carioca de 1923.

*No início de sua carreira no clube espanhol Barcelona, o camaronês Eto’o era alvejado por bananas toda vez que pegava na bola.


*Em 2004, os jogadores Juan e Roque Júnior foram ofendidos pela torcida do Real Madrid em uma partida contra o Real Madrid. Eles defendiam o clube alemão Bayer Leverkussen na Copa dos Campeões. Toda a vez que pegavam na bola, os entusiastas do time adversário imitavam macacos. O Real Madrid acabou sendo obrigado a pagar 10 mil euros de multa pela agressão.


*O mesmo ocorreu com o jogador Roberto Carlos, também em 2004. Toda vez que ele e os outros jogadores negros do Real Madrid pegavam na bola em um jogo contra o Atlético de Madrid. O clube dos ofensores foi multado em 600 euros.

*A Nike lançou em fevereiro de 2005 uma campanha contra o preconceito no futebol. Lançada durante uma partida do Paris Saint-Germain contra o Lens, contou com a participação de jogadores como Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e Adriano. Na mesma ocasião, torcedores ergueram bandeiras com o símbolo nazista e uma faixa dizendo “Adiante, brancos”.

*Também em fevereiro, o árbitro Alfonso Perez Burrull teve que interromper um jogo entre o Málaga e o Espanyol. Sempre que o goleiro do Espanyol Carlos Kameni pegava na bola, a torcida imitava macacos.

*O zagueiro Fabão acusou o atacante argentino Frontini de tê-lo chamado de Macaco durante uma partida contra seu time, o São Paulo, e o Marília.

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